"Modelo de negócio circular para o setor da moda"

Modelo de negócio circular para o setor da moda

Notícias sobre a provável falência da gigante da Fast-fashion Forever 21 vieram a público no final de 2019. Este, entre os muitos outros colapsos do retalho, deixa uma pergunta no ar: O que realmente procuram os consumidores numa marca de vestuário? Com a geração milénio, inspirada na Marie Kondo, a caminhar para o minimalismo e os compradores mais conscientes do impacto negativo que a indústria da moda está a causar ao meio ambiente, os modelos de negócios circulares são certamente tentadores. Mas serão viáveis?
Circularidade nos negócios é um termo geral. Um modelo de negócios circular é qualquer modelo de negócio que vise minimizar o desperdício ou usar materiais e métodos ambientalmente sustentáveis.

Reduzir o desperdício de têxteis e usar práticas eficientes e renováveis é tentador para as empresas de vestuário, mas isto poderá ser feito enquanto permanece lucrativo? Existem muitas empresas que utilizam, de forma criativa, diferentes tipos de modelos de negócios circulares para gerar um lucro ecológico.

1. Aluguer
O verdadeiro e testado modelo – aluguer. As empresas de vestuário que geram receita ao cobrar uma taxa pelo uso limitado de um artigo são as mais lucrativas nos mercados de luxo, de acordo com o relatório da Accenture Strategy “O futuro da Moda Circular: Avaliar a viabilidade dos modelos de negócios circulares”. No entanto, mesmo as empresas de aluguer de luxo estão a ainda a tentar encontrar a sua forma de “entrar” nas compras on-line dos consumidores.
A empresa de aluguer de moda LeTote tem planos de Membership mensais a partir de $89, enquanto a pioneira em aluguer Rent the Runway começa nos $30 por aluguer. O LeTote permite que os clientes comprem os produtos que estão para alugar, enquanto a Rent the Runway tem, em separado, um programa de “Tente comprar”. Ambas as empresas têm inúmeras opções de qualidade para compradores que se cansam de usar os mesmos produtos.

2. Recommerce
A compra e venda de roupas em segunda mão. De acordo com o relatório da Accenture Strategy, os modelos de negócios de recommerce exibiram lucros de margem positivos para as empresas dos segmentos de moda de luxo, premium e mercado intermediário. O recommerce permitiu melhores margens de lucro para os segmentos de mercado intermediário, quando comparado ao aluguer de roupas e serviços de assinatura de roupas.

A empresa de nível intermediário Poshmark recebe uma percentagem das vendas feitas por vendedores privados que vendem na sua plataforma. Enquanto sites à consignação, como o thredUP e o The Real Real, exigem que o vendedor envie as suas roupas usadas para o local de processamento, onde as revendem.

O ThredUP paga ao vendedor com base no valor que eles geram com a venda desses artigos, em seguida, devolvem ao vendedor todos os artigos não vendidos. O The Real Real paga ao vendedor um valor com base na opinião de um profissional, espelho da consignação tradicional. O The Real Real até possui 8 lojas físicas onde os expedidores podem vender os seus artigos através de consultas pessoais com um profissional.

3. Reciclagem
Alguns fabricantes estão a usar materiais reciclados para alguns ou todos os seus artigos de vestuário. Esta é uma opção tentadora para empresas que estão a tentar obter circularidade, mas que não querem abandonar o modelo de negócios mais linear, baseado nos compradores.

A campanha “Waste to Wearables” da marca de fatos de banho Fair Harbor vende produtos feitos de plástico reciclado retirado diretamente do oceano. Esta inovadora empresa pega no lixo do oceano e transforma-o em fatos de banho. A atriz Bonnie Wright tem uma pequena coleção de peças que estão à venda no site, que ela promoveu no seu Instagram.

Marcas como Eileen Fisher e MATT & NAT criam roupas e acessórios a partir de materiais parcialmente reciclados. Segundo o site deles, “os forros de todas as bolsas MATT & NAT são 100% feitos de garrafas plásticas recicladas”.

A marca clássica Eileen Fisher esforça-se para ser sustentável a vários níveis. A marca de roupas feminina vende artigos de qualidade intemporal que não saem de moda nem se desgastam rapidamente. Muitas peças são feitas de lixo reciclado, usam plastic-bottle-polyester e caxemira “retirado dos restos de fábricas”. A Eileen Fisher também recolhe as roupas usadas quando os clientes não as querem usar mais. Todos as roupas em boas condições são revendidas e as que não se encontram em bom estado são transformadas em arte ou almofadas, algumas das quais são expostas em galerias de todo o mundo como parte da campanha “Não desperdice mais”.

Com as empresas de moda a liderar as tendências, a questão não é se é viável criar sustentabilidade dentro de uma empresa. Mas sim, quanto tempo uma empresa é sustentável sem ela?

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Fonte: K3 Business Technologies