A pandemia Covid-19 força todas as empresas da indústria alimentar a adaptar negócios e operações para continuarem a produzir. Aqui examinamos algumas das medidas e efeitos com impacto no futuro da indústria.
Quebras nas exportações agroalimentares, acréscimo do volume de negócios no comércio a retalho
O mês de março revelou uma quebra significativa nas exportações da indústria agroalimentar. A evolução da Covid 19 tem sido dramática em vários países Europeus, com consequências para os números das exportações portuguesas. Jorge Henriques, presidente da FIPA revelou quebras de 50% nas exportações portuguesas desde o início da pandemia. Para este fator são apontadas dificuldades na cadeia logística, nomeadamente no transporte de mercadorias.
Segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o volume de negócios no comércio a retalho cresceu 8,1% no mês de fevereiro. No relatório divulgado acrescenta “pese embora o período de referência da informação deste destaque seja anterior ao desencadear da pandemia Covid19 em Portugal, é possível que os resultados reflitam alguns comportamentos de antecipação de compras, nomeadamente de bens alimentares”.
Segundo informação disponibilizada pelo barómetro Nielsen, de 24 de fevereiro a 1 de março, os portugueses despenderam 250 milhões de euros em compras de supermercado. São mais 30 milhões de euros em comparação com o período homólogo de 2019. As vendas com crescimentos significativos distribuem-se pelas conservas (+42%), produtos ricos em vitamina C (kiwi +39%, laranja +37%, tangerina/clementina +37%) e produtos básicos (+36%).
Governo define a atividade do setor alimentar como essencial
O decreto governamental declarou a atividade como essencial. Determina no artigo 24.°, “garantir as condições de normalidade na produção, transporte, distribuição e abastecimento de bens e serviços agrícolas e pecuários, e os essenciais à cadeia agroalimentar…” acrescenta no artigo 25.°, “garantir as condições de normalidade na produção, transporte, distribuição e abastecimento no âmbito das pescas, aquicultura e transformação.” A atividade vê assim assegurada condições de continuidade da produção e da distribuição de alimentos e bebidas.
Orientações práticas da EU para assegurar o fluxo de mercadorias
O Conselho Europeu de Agricultura publicou orientações para a criação de corredores verdes para a passagem de mercadorias. Pretende desta forma salvaguardar a continuidade do transporte de mercadorias em toda a EU incluindo os produtos agroalimentares.
Os Estados-Membros devem assinalar os postos de passagem das fronteiras internas da rede transeuropeia de transportes que formarão os pontos de passagem das fronteiras. Estes pontos terão vias reservadas, designadas por «corredores verdes». A passagem da fronteira, incluindo verificações e rastreios sanitários, deverá ser inferior a 15 minutos.
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Fonte:
INE, Dinheiro Vivo, RAPID – Comissão Europeia